VÍDEO: Onça-pintada dá à luz a três filhotes em Taubaté; dois são ‘panteras negras’
16/10/2025
(Foto: Reprodução) VÍDEO: Onça-pintada dá à luz a três filhotes em Taubaté; dois são ‘panteras negras’
A onça-pintada Zuri deu à luz a três filhotes em Taubaté, no interior de São Paulo. Resgatada, a onça vive em cativeiro no projeto de preservação ambiental Selva Viva e faz casal com Zulu, uma onça ‘pantera negra’.
🐆As panteras negras são onças-pintadas com pelagem escura causada por uma mutação genética. Ou seja, o termo ‘pantera negra’, na realidade, não se refere a uma espécie. Segundo especialistas, é um termo usado para qualquer felino com uma alteração genética que provoca coloração melanística preta.
Segundo o espaço, esse é o segundo parto de Zuri. Em janeiro, ela pariu dois filhotes, sendo um macho e uma fêmea, ambos pretos, chamados de panteras negras. Agora, nasceram mais três filhotes, sendo um macho na tradicional coloração caramelo das onças e duas fêmeas panteras negras.
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Um vídeo divulgado pelo projeto mostra os filhotes sendo amamentados pela mãe e o trio juntinho bocejando em um canto da cabana onde dormem - assista acima.
Os novos filhotes foram nomeados com nomes de príncipes e princesas da Disney: Adam, personagem que faz o monstro do filme A Bela e a Fera; Raya, a jovem guerreira do filme Raya e o último dragão; e Merida, a princesa ruiva escocesa do filme Valente.
Onça-pintada dá à luz a três filhotes em Taubaté; dois são ‘panteras negras’
Divulgação
Até o momento, os filhotes ainda não estão em exposição. A expectativa é que após eles crescerem mais um pouco e se adaptarem com o viveiro, então possam ser expostos ao público, assim como os irmãos mais velhos, um macho chamado Naveen e uma fêmea chamada Tiana, que foram expostos quando completaram dois meses de vida.
Ao g1, a Selva Viva destacou que o nascimento é considerado raro, já que a espécie está em extinção. Como parte do projeto de preservação, os veterinários e biólogos do espaço trabalham para que a família das onças-pintadas e de outros animais possam crescer, ajudando na perpetuação da espécie.
“O Projeto Selva Viva celebra o segundo nascimento de filhotes de onça-pintadas de linhagem do cerrado brasileiro, consagrando o trabalho na reprodução de animais ameaçados de extinção. Este marco não apenas destaca a importância da conservação da biodiversidade, mas também representa todo trabalho desenvolvido pelo Projeto na conservação desta espécie, ainda mais raro por nascerem filhotes melânicos (panteras-negras)”, disse o Selva Viva em nota.
“O sucesso deste evento ressalta a necessidade contínua de esforços dedicados à preservação da vida selvagem. Convidamos a comunidade a participar ativamente na proteção da biodiversidade, reconhecendo que cada passo é crucial para o equilíbrio ecológico”, completou o espaço em nota.
O Selva Viva ainda não divulgou a data em que os filhotes nasceram.
O Projeto Selva Viva faz parte do Programa de Conservação de Onças Pintadas do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros.
Onça-pintada dá à luz a três filhotes em Taubaté; dois são ‘panteras negras’
Divulgação
Suri e Zulu
Suri e Zulu, pais dos filhotes, vivem em um espaço de cerca de 300 metros quadrados em Taubaté, no interior de São Paulo.
Suri é a anfitriã da casa. Nascida em novembro de 2021, na reserva de conservação Piracema, no Tocantins, ela tem três anos. Com um mês de vida, ela foi encaminhada ao Projeto Selva Viva. Desde o fim de 2023, ela passou a receber visitantes do lado de fora do recinto onde vive.
Zulu, por sua vez, chegou ao Selva Viva em fevereiro de 2024. Apelidado de ‘pantera negra’, por ser uma onça com alteração genética que provoca coloração melanística preta, ele é mais velho que Suri: tem seis anos e vivia na cidade de Mineiros, em Goiás.
Suri e Zulu
Divulgação/Selva Viva
Como Suri chegou primeiro ao local, Zulu teve que passar por um processo de adaptação que durou cerca de dois meses. No início, as onças foram se conhecendo.
Atualmente, os dois são um casal: se lambem e brincam o dia todo. Zulu foi aceito por Suri e, tiveram filhotes em duas gestações.
Após o nascimento, o filhote pode ficar entre 6 e 8 meses no Selva Viva, antes de ir para outro local do Plano de Conservação.
Suri e Zulu
Divulgação/Selva Viva
Selva Viva
O Projeto Selva Viva faz tratamento e acolhimento de animais resgatados de cativeiro, em situação de maus-tratos e de apreensões da Polícia Ambiental. O zoológico conta com aracnídeos, mamíferos e répteis para exposição. Entre os animais estão lêmures, flamingos, jacaré-de-papo-amarelo e corujas.
Desde 2016 o espaço tem licença para funcionar como zoológico aberto ao público. O local só funciona aos fins de semana, porque nos outros dias atua com educação ambiental com escolas. De acordo com a administração, uma das frentes do projeto é a conscientização sobre animais silvestres.
Conheça Suri, onça-pintada que vai passar a ser exposta ao público em zoológico de SP
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